Técnico de enfermagem é condenado por tentar matar companheira na UTI com medicação em SC
10/10/2024
Segundo o MPSC, o homem trabalhava em outra unidade hospitalar e levou consigo seringas e uma medicação exógena em uma visita à mulher, que estava internada. Caso aconteceu em Joinville. Fórum da Comarca de Joinville (SC)
TJSC/ Divulgação
Um técnico de enfermagem que tentou matar a própria companheira enquanto ela estava internada em uma UTI em Joinville, no Norte de Santa Catarina, foi condenado a 12 anos, nove meses e dois dias de prisão em regime fechado, informou o Ministério Público de Santa Catarina nesta quinta-feira (10).
Segundo o órgão, o homem trabalhava em outra unidade hospitalar e levou consigo seringas e uma medicação exógena para uma visita familiar. A substância foi aplicada por ele na corrente sanguínea da esposa.
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O homem foi condenado por tentativa de homicídio com três qualificadoras: emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Cabe recurso da decisão, mas ele não terá o direito de recorrer em liberdade.
Ocorrência
Conforme o MPSC, a injeção do medicamento causou um quadro súbito de cefaleia, taquicardia e hipertensão na mulher, além de parada respiratória e convulsão. A vítima só sobreviveu porque foi atendida rapidamente pela equipe do hospital, segundo o órgão.
O crime aconteceu em 25 de abril de 2015. Após a ocorrência, três seringas não padronizadas e não utilizadas pelo centro hospitalar foram encontradas no lixeiro próximo ao leito da vítima.
Também foram encontrados resíduos da substância no equipamento de soro do hospital.
Investigação
Na época do indiciamento, em julho de 2016, a Polícia Civil afirmou que a motivação do crime seria patrimonial, pois os dois disputavam um apartamento na Justiça.
O julgamento ocorreu na quarta-feira (9). A acusação sustentou o pedido de condenação do acusado ressaltando que ele se aproveitou da fragilidade da vítima para aplicar a medicação sem que ela pudesse esboçar qualquer defesa.
O promotor Marcelo Sebastião Netto de Campos afirmou, durante os debates, que o réu viveu em união estável com a vítima por 13 anos.
"Ele pediu a separação, após os fatos, sem que ela desconfiasse do que ele fizera, mas quando ela ainda estava internada", completou.
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