Azul elimina mais de R$ 11 bilhões em dívidas após negociação com parceiros comerciais e financeiros

  • 28/01/2025
(Foto: Reprodução)
Negociação envolve troca de dívidas por ações da Azul, totalizando R$ 3,3 bilhões em 94 milhões de ações preferenciais. Companhia aérea azul voos Araxá e Patos de Minas Azul/Divulgação A companhia aérea Azul anunciou nesta terça-feira (28) a conclusão do processo de negociação com seus arrendadores, fabricantes de aeronaves e detentores de títulos de dívida. O acordo resultará na eliminação de mais de R$ 11 bilhões em dívidas e obrigações da empresa. A negociação envolveu a troca de dívidas por ações da Azul, totalizando R$ 3,3 bilhões em 94 milhões de ações preferenciais. Além disso, a empresa converteu mais de R$ 4,6 bilhões em dívidas que venceriam em 2029 e 2030. A companhia aérea afirmou que vinha enfrentando muitos desafios, como a desvalorização do real, altos custos com combustível de aviação, problemas judiciais no setor, crise global de fornecimento e enchentes no Rio Grande do Sul. Apesar disso, a empresa conseguiu negociar com seus investidores e parceiros. “Além da extinção de R$ 11 bilhões em obrigações financeiras, recebemos hoje um aporte de novo capital de mais de R$ 3,1 bilhões, que irá reforçar o balanço da companhia e garantir que estejamos mais fortes do que nunca”, destacou John Rodgerson, CEO da Azul. Leia ainda: O que está por trás da suspensão de rotas e cancelamentos de voos pela Azul? Azul e dona da Gol assinam acordo para unir negócios no Brasil A negociação também inclui acordos estratégicos com arrendadores, fabricantes e outros fornecedores, garantindo um fortalecimento do fluxo de caixa de mais de R$ 1,8 bilhão até o final de 2027. A finalização dos acordos, além de proporcionar uma melhoria no fluxo de caixa nos próximos três anos, trará uma desalavancagem de aproximadamente 1,4x de maneira pró-forma sobre os números do 3º trimestre de 2024, destacou a empresa. “Estamos muito otimistas em relação ao futuro da Azul. Temos prevista a chegada de 15 novos Embraer E2 ao longo do ano, que serão extremamente valiosos para garantir a conectividade dos nossos clientes e ampliar o acesso ao modal aéreo em todo o país. Agradecemos a confiança de nossos parceiros e investidores, que nos permitiu concluir com sucesso essa negociação de maneira amigável e que seguirão nos apoiando no fortalecimento constante da Azul”, concluiu o executivo. Suspensão de voos Na última sexta-feira (24), a Azul Linhas Aéreas informou que vai suspender as operações em 12 cidades brasileiras a partir do dia 10 de março. (veja a lista abaixo) Barreirinhas (MA) Cabo Frio (RJ) Campos (RJ) Correia Pinto (SC) Cratéus (CE) Iguatú (CE) Mossoró (RN) Parnaíba (PI) Rio Verde (GO) São Benedito (CE) São Raimundo Nonato (PI) Sobral (CE) De acordo com a companhia, a medida foi adotada por uma série de fatores, que incluem o aumento nos custos operacionais da aviação e o ajuste de oferta e demanda. Em nota enviada ao g1 Campinas e Região, a companhia destacou que "as mudanças fazem parte do planejamento operacional, e os clientes impactados estão sendo comunicados previamente e receberão a assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)". A Azul também citou os impactos pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta no dólar, somada às questões de disponibilidade de frota e de ajustes de oferta e demanda entre as justificativas para a suspensão. Fusão entre Azul e Gol A suspensão de alguns voos foi anunciada uma semana depois da divulgação de uma possível fusão entre a Azul e a Gol. O grupo Abra, que controla as companhias aéreas Gol e Avianca, assinou um memorando de entendimento com a Azul. Esse memorando é um documento inicial que mostra a intenção das empresas de unir seus negócios no Brasil. Em um comunicado aos investidores, a Gol explicou que esse acordo é apenas o começo de um processo de negociação. O objetivo é "explorar a viabilidade de uma possível transação". Se a fusão realmente acontecer, as duas companhias, Azul e Gol, devem continuar operando com suas próprias marcas e certificados operacionais de forma independente. Isso significa que, mesmo unidas, elas manteriam suas identidades e operações separadas. Rotas suspensas: CEO da Azul cita corte de custos, dólar alto e falta mundial de peças

FONTE: https://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2025/01/28/azul-conclui-negociacao-com-parceiros-comerciais-e-financeiros-de-mais-de-r-14-bilhoes.ghtml


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